5 de agosto de 2008

05/08/2008

Tempo foi
Tempo de depois
Tempo de relento
Do que pensa, sente e tenta
Do que me lembra sua mente
Em frente de ser ou estar
De tentar, ou errar ou mantêr

Vida forte, de dor e de muita cor pra esquecer, pra disfarçar
Só pensar não é tentar
Só tentar não é valer
Só valer não é gozar
Só gozar não é amar
Só amar não é entender
E sem entender o outro
Não iremos a algum lugar

Cansei de um mundo
Que hoje vou enterrar
Junto com poesias e doses de amor
Que não serviram pra ninguém
Como uma festa sem música
Como um amor compulsório
Como dormir sem notícias suas
Como não poder explicar o universo
Como querer ir pra Lua

Mas hoje deixo:
Tudo passar
Mundo passar
Lua passar

É só o mesmo
O mesmo olhar que já tivemos
Que sempre teremos
Olhar de olhar o tempo

Onde estaremos?
Onde viveremos? Onde pediremos?
Onde teremos? Onde Seremos?
Seremos plantas que colheremos

A sós, sem voz
Por nós, sem nós
Será como um dia escrevendo
Será um dia a mais

Querendo saber do tempo
E de onde estás
Onde andarás?
Onde é esse seu lugar
Que não quer me deixar entrar


(Teo Petri)

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