A vida-poesia que trazes à frente
Jamais se esquece e nada fenece
Senão o tempo dos abraços, meus
Com as angustias e os receios, teus
Que numa sala vazia cantei, sim
Cantando paz com minha tristeza
Cantando paz com minha certeza
De que o tempo não volta, rapaz
E jamais esqueça, jamais esqueça
Fez-se dos sonhos todos os acasos
Fez-se dos medos todos os laços
Fez-se das argilas toda a fortaleza
E o tempo seria nessa molecagem
Toda nossa estalagem, nosso porto
Seguro; que me lembra tua imagem
- Ora! Que bobagem, como sou tolo
Amigo, o que é feito dos cotidianos
E onde se dissiparam os cartesianos
Amigo, o que é feito da catralização
E onde se faz amizade, onde então
E assim, o que perdurará o tempo
De abraço, de poema, de saudade
Não há de serem os contrapontos
E, sim, a vida-poesia das amizades
Vicente Bravo, Julho 2008
9 de dezembro de 2009
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